quarta-feira, 19 de março de 2008

O pundonor nacional.

Nos Estados Unidos, a renúncia do governador de Nova Iorque, expôs enfaticamente o pudor americano. A questão de como o dinheiro foi gasto e a cadeia de prostituição, por trás da coisa, tornaram-se mais importante do que a fonte do dinheiro gasto. O deslize pessoal assume importância maior do que as relações financeiras escusas.

Já no país do carnaval a vadiagem tem várias facetas. A farra com o dinheiro público financia estas questões e muitas outras. As outras estão, vagarosamente, aparecendo – compras em free shops, pamonhas e demais despesas miúdas. Esta ainda não apareceu, mas não tarda. Se houvesse uma maneira de rastrear o dinheiro retirado com cartões corporativos, não se estranharia nem um pouco que uma parte dele fosse parar em negócios administrados por amigas da “Kristen”. Ah, a lascívia tropical.

Lá os políticos costumam se desculpar publicamente por ter “violado o compromisso com a família”. Aqui, nenhum daqueles já apanhados no pulo ou por serem apanhados, jamais veio em público pedir desculpas por terem “violado o compromisso com o povo”. Todos são vítimas de um complô da oposição e, por serviços prestados, sabem-se lá quais, adquirem o direito a elogios presidenciais, na despedida.

É, existem democracias e DEMOCRACIAS.

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